História, cultura, comunicação

Segundo turno

Clipping reúne análises que procuram explicar a conjuntura nacional: dias difíceis se aproximam

Bolsonaro mente o tempo todo

Para The Economist, presidente brasileiro é um enganador. Lula é quem deve governar o Brasil (leia aqui)

Lula afunda Bolsonaro no debate da Globo

Leia as análises: G1, Uol, Estadão

A farsa fascista e excludente do empreendedorismo

Leia aqui: Fenômeno se manifesta em conservadorismo que alia forte individualismo e desconfiança do Estado.


Precarizados e sujeitos a rendas incertas, milhões de brasileiros da classe C reforçam um discurso de empreendedorismo que, para eles, reflete uma condição em que são descartáveis no mercado de trabalho. A tradução política desse fenômeno é um tipo de conservadorismo que alia forte individualismo e desconfiança no papel do Estado, apontam pesquisadores.

PUC-SP 1977-2022: INTELIGÊNCIA E DIGNIDADE CONTRA A TRUCULÊNCIA FASCISTA

Na sequência das fotos ao lado, o confronto entre a dignidade e a resistência da reitora da PUC-SP em 1977, Professora Nadir Gouveia Kfouri, contra a truculência do esbirro da ditadura, Coronel Erasmo Dias; a colagem com as imagens da universidade ocupada e a resistência de discentes e docentes; e o cartaz de hoje que convoca a sociedade para a memória dos 45 anos da invasão. Acesse aqui o documentário produzido pela própria PUC sobre o episódio e o relatório da Comissão da Verdade da instituição.

45 anos depois da invasão, ditadura nunca mais


Em todo o país, as ruas gritam: a democracia está em jogo. O ataque permanente às instituições democráticas, movido por aqueles que deveriam defende-las; o incentivo explícito, velado ou a simples conivência com a escalada da violência sob todas as suas formas, contra os povos originários, contra negras e negros, em especial, a juventude que vive nas periferias das grandes cidades, contra as mulheres e a comunidade LGBTQIA+, contra trabalhadores e trabalhadoras sem terra e sem teto; os assassinatos de lideranças e ativistas de movimentos de defesa dos direitos humanos, incluindo Marielle Franco, Dom Phillips e Bruno Pereira - tudo isso embalado pelo discurso do ódio, da intolerância ideológica, religiosa e política, tendo como contrapartida a permissão para o armamento indiscriminado da população coloca o Brasil no caminho de uma catástrofe. É urgente impedir o livre curso da barbárie.


A comunidade puquiana, formada por professores(as), funcionários(as), estudantes e ex-alunos(as), junta-se às vozes de milhões de brasileiras e brasileiros que gritam “não” ao autoritarismo, ao machismo, ao racismo e a todas as formas de intolerância. Ao fazê-lo, somos coerentes com a nossa história de resistência à ditadura militar, da qual o nosso Tuca é símbolo. Lembramos hoje, que há 45 anos, em 22 de setembro de 1977, as mesmas forças que agora ameaçam a democracia orquestraram a invasão da PUC, com um contingente de soldados armados com fuzis e bombas, como se preparados para tomar de assalto um terreno inimigo. Fizeram centenas de estudantes prisioneiros, feriram dezenas – alguns, com grande gravidade. Mas, afirmamos, com orgulho, que a violência militar não nos abateu. A ditadura foi jogada ao lixo da história, mas nós continuamos aqui, como um espaço de democracia e liberdade.


No próximo dia 22, vamos dar a nossa resposta, com a realização do ato “PUC-SP pela Democracia – 45 anos depois da invasão”, a partir das 9h00, no Tuca. Estaremos todas e todos juntos – comunidade puquiana, jovens, trabalhadoras e trabalhadores, integrante de movimentos sociais, intelectuais, militantes, artistas, representantes e porta-vozes de todas as forças que combatem os agentes do atraso e da barbárie. O ato vai lembrar o momento sinistro em que as tropas da ditadura violaram brutalmente a autonomia universitária. Mas também será um grito de alerta e resistência contra as sombras do passado autoritário que ainda atormentam o nosso presente e ameaçam o nosso futuro.


As eleições que se aproximam serão um momento de teste. Queremos que o resultado das urnas seja respeitado. Abominamos, de imediato, qualquer tentativa de golpe, intimidação ou desvio do curso do processo democrático. Por isso mesmo, nós nos declaramos em estado de vigilância permanente até o fim das eleições e a garantia de empossamento dos eleitos. Fazemos parte do movimento de conjunto oprimido, reprimido e explorado da nação brasileira, que hoje se levanta para lutar por seus direitos. Por isso, porque nós somos o futuro, sabemos que a vitória será nossa.


(texto integral do manifesto que marca o compartilhamento da memória de 1977 e os desafios da defesa da democracia em 2022)

IPEC: Lula vai a 47% e Bolsonaro encalha nos 31%. No 2o turno, Lula atinge 54% (leia mais)

Uma família de bandidos governa o Brasil

A mais completa investigação sobre as origens do patrimônio político e financeiro de Jair Bolsonaro e sua família.

Resultado de mais de três anos de apuração, O Negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro desvenda o passado secreto da família que hoje comanda o Brasil. A jornalista Juliana Dal Piva parte do escândalo das rachadinhas exposto pelo caso Queiroz, a partir de dezembro de 2018, para contar uma história que remonta à entrada de Jair Bolsonaro na política na década de 1990.

No centro do passado que o clã tenta abafar, está um esquema de corrupção conhecido entre os participantes como o "Negócio do Jair". O arranjo ocorria nos gabinetes funcionais ocupados pela família de Bolsonaro em seus mandatos políticos, seja de vereador, deputado estadual ou federal, e envolvia seus três filhos mais velhos, as duas ex-esposas e a atual, amigos, familiares — muitos deles atuando como funcionários fantasmas —, além de advogados e milicianos.

Com base em depoimentos exclusivos, cópias sigilosas dos autos judiciais, mais de cinquenta entrevistas, mil páginas em documentos, vídeos e gravações de áudio, a autora demonstra como, à sombra dos grandes esquemas partidários, o clã acumulou milhões de reais e construiu o projeto político autoritário e regressivo que conduziria o chefe da família ao posto mais alto da República.

Acesse aqui, o texto integral do livro de Juliana Dal Piva

Brasil: horror ideológico

Ensandecida pelos apelos do fascismo, parte do Brasil não tem para onde ir, exceto para o patíbulo social montado por empresários e militares

Sob qualquer aspecto em que possam ser analisadas, as manifestações do 7 de setembro de 2022 que ocorreram em diversos pontos do país mostram um Brasil sequestrado por um complexo de apelos simbólicos cuja marca principal é o vazio de propostas que possam dar conta da profunda crise em que estamos mergulhados. As manifestações impressionam pelo seu visual massivo, mas revelam que os segmentos que se aglutinam em torno de Bolsonaro (um velhaco despreparado para governar o que quer que seja) obedecem a um projeto de poder cuja essência é o aprofundamento da miséria, do desemprego, da desindustrialização, da desnacionalização, da pauperização da assistência social, da desmontagem das áreas da Educação e da Saúde. Tudo isso em benefício dos interesses privados de um empresariado parasita, selvagem em relação à dignidade dos trabalhadores, apoiado por uma camarilha civil-militar que desonra a democracia e a dignidade nacional. A tarefa agora, sob os escombros da legalidade constitucional que emergem dos atos de ontem, é reforçar a campanha unitária de Lula e elegê-lo presidente da República.

* Depois do comício, a ressaca * Bolsonaro usa 7 de setembro para atos antidemocráticos * Bolsonaro tem vitória no 7 de setembro, mas não deve ganhar votos * Bolsonaro sequestra bicentenário, pede votos, ataca Lula e pesquisas * Abuso de poder * Crime eleitoral * Campanha descarada * Bolsonaro só mobilizou a própria base * Record vira Diario Oficial de Bolsonaro * Canais de notícia se deixam editar por Bolsonaro e Gabeira critica * Maria Cristina Fernandes * As análises do G1.

Forças armadas deturpam história do Brasil ao militarizar o 7 de setembro

Comemorações da independência viraram propaganda dos militares, o que contribui para perpetuar a narrativa que somos independentes devido a eles – o que não é a verdade histórica (leia no Intercept)

Escombros e abandono por toda a parte

Educação: um balanço da trágica gestão bolsonarista

Cortes brutais no orçamento. Falta de diálogo com governos locais. Dança de cadeiras no MEC. Ataque às universidades. Escândalos de corrupção. Novo governo terá grande desafio: o desmonte da Ciência e gigantesca evasão escolar no pós-covid. (leia na matéria do DW publicada no site Outras Mídias)


DATAFOLHA: Lula lidera com 45%; Bolsonaro, o mais rejeitado, tem 32%

37% dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018 não pretendem cometer o mesmo o erro em 2022)

Bolsonaro e sua fabulação totalitária

O caráter corrosivo do capitão e de seus parentes


Desde 1990, a famiglia negociou 107 imóveis. "Pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã", diz a matéria do BR 247.


Assista também o vídeo do UOL sobre a suspeita evolução do patrimônio dos Bolsonaro. Uma farra...


E se ainda faltam argumentos para que essa turrma seja escorraçada do governo, sugiro conhecer e divulgar o material abaixo:


* Os Bolsonaro (clipping do blog) * Tudo por dinheiro (Pública) * Pisaram na bola: como os opositores ocuparam sites ligados a Bolsonaro (Uol) * A ameaça do Brasil: o plano para subverter o poder (site).

IPEC: Lula lidera e diferença para Bolsonaro é de 12 pontos

esfacelamento da densidade eleitoral do genocida pode se tornar tendência irreversível nos próximos dias. Leia aqui a matéria do UOL.

Perigo agora é o da mídia golpista 'plantar' noticiário que confunde os eleitores com a fantasia de uma fictícia recuperação da 3a via.

A distinção

Debate na Band exibe contraste pessoal e político entre Lula e Bolsonaro, uma diferença gritante entre a serenidade da liderança popular e o desequilíbrio de um psicopata

Futuro do país pode ser decidido hoje

Desmascarar Bolsonaro em defesa da democracia e da justiça social

Debate na Band pode enxotar fascistas do governo logo no primeiro turno.

Bolsonaro disse que não tem gente pedindo comida na porta da padaria. Veja em um minuto e meio o tamanho da fome no país

O Brasil de prato vazio

Matérias da piauí

Em 2021, dez milhões de brasileiros entraram na pobreza – três vezes a população de Brasília. O Brasil voltou ao mapa da fome, e a pandemia agravou ainda mais esse quadro. E a fome é substantivo feminino: para cada homem nessa situação há duas mulheres.

A partir do alto, da esquerda para a direita: Marco Aurélio Raimundo (Mormaii), Meyer Nigri (Tecnisa), Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu), André Tissot (Grupo Sierra), José Koury (Barra World Shopping), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Luciano Hang (Havan), Ivan Wrobel (Construtora W3).

Empresários na cadeia

Carta aos empresários golpistas

Jamil Chade, do UOL

Senhores empresários,

Li outro dia uma troca obscena de mensagens entre vocês, para o meu desgosto. Descobrir que parte da elite econômica do meu país flerta com o autoritarismo me gerou indignação. Eu sei. Na minha idade, eu não deveria mais ficar surpreso com isso tudo. Afinal, a construção econômica do nosso país teve como base crimes, escravidão e violência. Mas, sabe, minha ingenuidade me fazia acreditar que, no século 21, não cometeríamos os erros do passado e que uma nova geração de empresários desembarcaria com um forte sentimento de cidadania.

Como eu não sei desenhar memes para responder a vocês, decidi escrever uma carta. Mas prometo que será curta. Sei que nem todos são adeptos da leitura.

Naquelas trocas de mensagens, o que ficou claro foi o desprezo dos senhores pela democracia e pelos direitos fundamentais. Mas deixa eu lhes contar um segredo. Sabe aquela mesinha que vocês amam nas praças públicas de Roma? Aquelas que vocês pedem um vinho caro e fazem fotos para subir no Instagram para provar suas pseudo-sofisticação? Então, ela só existe naquele local graças à democracia.

É um regime democrático, um estado de direito e o respeito pela dignidade de todos que permite que os espaços públicos sejam garantias de segurança e de paz social. Não é luxo. É democracia. Não é mundo virtual. É real.

Sei que vocês também conhecem as lindas praças no centro de Madri. Ali, uma vez mais, é a democracia que se exala. Desde o final da ditadura de Franco, estudos mostram que os espanhóis de fato estão 3 centímetros mais altos. Sabe o motivo? Democracia, traduzida na forma de direito a uma alimentação adequada, saúde e lazer.

Estou seguro ainda de que, no melhor estilo da elite patriótica que temos, vocês mandarão seus filhos estudarem no exterior. Conhecem o MIT? Então, eles realizaram um estudo no qual demonstram que a democracia faz bem para a economia. De acordo com o MIT, países que optaram pela democracia experimentaram um aumento de 20% do PIB no período de 25 anos, em comparação a um cenário no qual escolhessem permanecer como ditaduras.

Também sei que muitos de vocês veneram a estabilidade e a paz nos países escandinavos. Não quero desapontar os senhores, mas os estudos realizados na Europa para definir o índice de felicidade de um povo indicaram que Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca sempre estão no topo desse ranking por conta, entre outras coisas, da confiança que eles têm em suas instituições democráticas. Ou seja, não basta ser rico. Tem de participar.

Senhores golpistas,

Seus filhos estarão mais seguros numa democracia que num estado autoritário. Suas famílias estarão mais felizes numa democracia que sob a sombra de um ditador, por mais amigo que ele diga ser de vocês. Mas, como bons capitalistas, vamos ao que interessa: vocês ganharão mais economicamente numa democracia do que num regime que vocês parecem estar dispostos a bancar.

Por uma questão de egoísmo, optem pela democracia. Qualquer outro caminho é uma mera ilusão, coberta por mantos ideológicos, de profunda ignorância ou de simples maldade. Tenho certeza que cada um de vocês saberá qual carapuça vestir.

Saudações democráticas,

Jamil

BARRACO FASCISTA

Em discurso a empresários, entre palavrões e gritos, Bolsonaro dá sinais de desespero. Leia aqui o relato do repórter da Folha.

"BOLSONARO NÃO MANDA NADA. É O BOBO DA CORTE"

Ex-presidente dá show de competência política no Jornal Nacional e arrebata eleitorado.

Assista aqui a íntegra da entrevista histórica e acompanhe no box abaixo as repercussões da presença de Lula na Globo.

Análises: * Lula bateu pênalti e fez gol no JN (Bombig, Uol) * Entrevista é histórica (Azedo, Uol) * Bom desempenho de Lula faz ida de Bolsonaro a debate subir ao telhado (Sakamoto, Uol) * As análises do G1 * Lula na ofensiva e com o dedo em riste (da leitura de Maria Cristina Fernandes, Valor) * Chorei vendo Lula no JN (Caetano Veloso, 247) * Homem que respeita mulher é outra coisa (Leilane Neubarth, 247) * Os riscos da campanha de Lula (Camila Rocha, piauí)

Datafolha: Lula tem 51% dos votos válidos e pode vencer no 1o turno

Bolsonaro no TSE

Tive a paciência de assistir a cerimônia de posse do ministro Alexandre de Moraes no TSE. Penso que se tratou de um rito republicano, como acontece com as posses em todos os poderes constitucionais: são atos que devem ser referenciados como sinal de que o regramento do país funciona, ou pode funcionar civilizadamente. Mas não... O que ofuscou esse significado ontem foi a presença de Bolsonaro: o presidente é um cafajeste grosseiro, estúpido e, aqui entre nós, um asno. Um cara despreparado, ele e toda a facção bolsonarista.

Leia a matéria do UOLT

Estadão noticia a pesquisa que não houve. Se tiver estômago, leia aqui

"Volta do PT ao poder e reeleição de Bolsonaro causam medo no eleitor"

Qualificativos de respostas dadas pelos entrevistados criam uma narrativa na qual o jornal se especializou: o estigma lançado sobre as políticas sociais e a adocicada crítica ao fascismo... que o mesmo jornal ajudou a se eleger em 2018. O resultado é um jornalismo sem compromisso com o interesse público ou com a democracia.